sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

África em tensão e um Mundial a vista ...

Ano novo, velhos problemas. Como todos devem saber, a "Primavera Árabe" no Oriente Médio vem trazendo revoluções e conflitos, numa região em que existem vários governos autoritários, e a disseminação de informações e tecnologia para a população é bem restrita. O resultado foram ditaduras derrubadas no Egito, Líbia, um conflito armado na Síria e em outras regiões do Norte da África e no Oriente Médio.
Essa tensão na região, tomou maior proporção nesse começo de ano, quando tropas francesas forma para o Norte do Mali para expulsar rebeldes. Em represália, um grupo de rebeldes invadiu uma usina de gás no país vizinho, a Argélia, em que foram feitas centenas de reféns. O resultado foi uma operação de resgate do governo argelino que deixou dezenas de vítimas. O que esses fatos recentes tem ou podem ter influência no próximo Mundial de Clubes da Fifa? Simples, a sede do torneio desse ano mudou do Japão para o Marrocos, e detalhe, um país que faz fronteira com a Argélia.
Resumindo, o conflito que não sabemos que proporções ainda terá pode sim estar afetando esse evento no fim do ano. Porém, como todos esperam, que essa situação seja resolvida bem antes disso, com o menor número de vítimas e destruição no Mali, e que o Marrocos faça uma grande festa!

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Copa América, coincidências!

Faz muito tempo, muito tempo mesmo que não passava por aqui, por um motivo ou por outro acabei deixando de lado o blog por uns tempos, mas nunca é tarde para recomeçar. Bom, vamos parar com os clichês e ir logo para o que interessa, e hoje vou falar sobre a Copa América, que para nós, brasileiros, já sabemos como foi o final esse ano, e isso já foi muito discutido, mas o que faltou falar, foi, o que ela vale para nós?
Não tem como não fazer uma piadas, e foi bem feita!
Realmente, se formos olhar bem a Copa América não teve o seu devido valor por aqui nos últimos anos, já que nas últimas 5 anteriores, ganhamos 4, mas só se era lembrada aquela que perdemos para Honduras.
Houve até uma certa comoção em 2004, já que ganhamos nos pênaltis em cima da Argentina (pênaltis, heheh), mas em 2007, quando vencemos a mesma Argentina por 3 a 0, quase não houve comemoração. E o maior detalhe é que em ambas não estávamos com todos os jogadores que deveríamos, diziam que era o time reserva, esse ano foi com os titulares.
Agora, o mais engraçado é que quando fomos eliminados por Honduras em 2001 ganhamos o Penta no ano seguinte, e nas outras quatro edições conquistadas a Copa não veio, em 89 também fomos campeões, mas a Copa de 90 não foi lá essas coisas. Aí sobraram as outras 3 conquistas, da época que ainda o torneio era Campeonato Sulamericano de Clubes, em 1919 e 1922 nem havia Copa do Mundo, mas fomos campeões também em 49, e o resultado da Copa de 50 foi o mais desastroso até hoje. Ou seja, nunca fomos campeões mundiais tendo sido campeões da Copa América anterior (e tem um monte de gente que fala que para ser campeão mundial tem que ganhar o último continental, então não seríamos campeões mundiais de seleção nenhuma vez? Devo avisar que competição nesse molde é a Copa das Confederações, mas isso falamos outro dia). Agora sobraram o Uruguai e a Argentina do continente, será que foram bem antes de suas conquistas?
Na década de 20, o Uruguai era o melhor time, bicampeão Olímpico em 24 e 28, e venceu 4 sulamericanos no período, mas a edição de 29 foi vencida pela Argentina, e em 30 se sagraram campeões, em 50, nem precisa falar, o Brasil tinha sido campeão em 49 do sulamericano. Até os argentinos comprovam a escrita, sendo campeões mundiais em 78 e 82, as edições da Copa América de 75 e 79 foram vencidas por Peru (sim, pra quem não sabe o Peru é bicampeão da competição) e pelo Paraguai respectivamente.
Concluindo, não é um desastre não ser campeão da Copa América, por enquanto está sendo um carma para os sulamericanos, o que devemos fazer é consertar os erros, já que não é normal errar tantos pênaltis, a não ser que estejam treinando outro esporte, mas esse é um dos menores, e torcer para que o grande objetivo seja alcançado, a Copa do Mundo, que resolverá todos os anseios dos torcedores.


domingo, 15 de maio de 2011

Os estaduais não são vilões

Hoje finalmente acabaram os Estaduais, que na atualidade estão muito inchados num calendário com um campeonato com pontos corridos no outro semestre como ocorre atualmente. Para se ter ideia, na década de 90, os estaduais tinham menos rodadas, por exemplo, o Paulista tinha 16 times e 19 rodadas, o Carioca 12 times e 17 rodadas e o e o Brasileiro em média 30 partidas, um pouco mais, um pouco mais, um pouco menos, dependendo da fórmula de disputa que era variável. A Copa do Brasil em sua maioridade teve sempre suas 12 rodadas. Agora na era dos pontos corridos, o Brasileiro tem 38 rodadas, e os estaduais em média tiveram um aumento de 4 rodadas o que resulta exatamente em um acréscimo de 12 rodadas no calendário.
Isso de certa forma explica o porque de alguns times não poderem disputar a Copa do Brasil, o que é inadmissível, pois isso acaba privando os melhores times do ano anterior de disputar a copa nacional. Outra singularidade é que a Copa do Brasil é disputada antes de começar o Brasileiro, e termina no começo do Brasileiro. Assim, vimos nos últimos anos o Campeão da Copa do Brasil deixar de disputar o Brasileirão porque já está com o sua meta concluída para o próximo ano. Por isso acho que a Copa do Brasil deveria ser disputada paralelamente ao Brasileiro, tendo início junto com o Brasileiro e tendo no máximo 2 rodadas no mês, para acabar bem depois, assim não teriam desculpas para dizer que quem disputa a Libertadores não pode disputar a Copa do Brasil.
Aliás, aí está a vilã chamada Copa Sulamericana, que é disputada no segundo semestre e tem efetivamente 10 rodadas. Ela devia ser disputada no mesmo período da Libertadores, assim como é feito na Europa, assim teríamos as datas para a Copa do Brasil no 2º semestre. Aí ficariam dessa forma: 1º semestre o Estadual de preferência com menor número de rodadas, e as melhores equipes do país disputariam a Libertadores e a Sulamericana, e no outro semestre teria os nacionais, mas para isso a CONMEBOL teria que colaborar.
Aí muitos podem dizer que os times pequenos da Copa do Brasil sairiam prejudicados,porém acho que os estados com menor nº de times, tem o mesmo representante na Copa do Brasil e na Série D, por isso teoricamente teria que jogar o ano todo, e se hipoteticamente ficasse disputando só a Copa do Brasil num certo período, também teria um bom período para se preparar e daria mais canseira ainda aos times de maior expressão e mais recursos. Além do mais, atualmente as federações fazem campeonatos no 2º semestre para não deixar os times que não estão em nenhuma série do Brasileiro sem atividade.
Assim, podemos concluir que os estaduais não são os vilões do nosso Futebol, e aliás, foram eles que fizeram do nosso campeonato cheio de equipes que podem ser campeões devido as rivalidades regionais serem fortalecidas por eles. Para ser sincero eu queria a volta dos Regionais nesse cenário também, mas ainda acho que seria apagar nossa história e também acho feio quem menospreza o campeonato porque não conseguiu vencê-lo. Por isso parabéns a todos os times que foram Campeões Estaduais esse ano!
Nos próximos posts, vou tentar imaginar o que pode mudar no Futebol se os 11 projetos de novos estados saírem do papel, mostrando suas principais equipes, mas já adianto que a Copa do Brasil ia viram uma zona se for utilizada os critérios atuais.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Lev Yashin: o goleiro que atingiu a marca de 150...

Depois de muito tempo, resolvi tirar as teias de aranha que rondavam por aqui e fazer um novo post. Bom, já que não haviam muitas ideias, vou recomeçar com o Futebol mesmo, que nesse fim de semana me fez lembrar de um antigo fato que li uma vez a uns tempos.
Nessa semana uma parte das pessoas estão comemorando o fato de um goleiro ter chegado a marca de 100 gols (na verdade 98 oficiais e diria 99 em jogos sérios, porque um foi muito amistoso, mas ele consegue esses dois gols algum dia), o que fez me lembrar de um goleiro que chegou a uma marca super impressionante, ter defendido mais de 100 pênaltis em jogos oficiais na carreira.
Trata-se do Soviético Lev Yashin, que teve um começo de carreira inusitado, começando no Hóquei sobre o gelo, porém depois foi para o futebol, aonde realmente se consagrou. Ele vestiu apenas a camisa de um clube, o Dínamo de Moscou, que na época era um dos melhores times do Leste Europeu, e consequentemente, venceu várias vezes o Campeonato Soviético por 5 vezes e a Copa da URSS por 3 vezes.
O uniforme preto era marca registrada
Porém foi pela seleção soviética, que ele ganhou fama internacional na época, tendo conquistado a Eurocopa de 1960 e as Olimpíadas de 1956, tendo ainda em 1963 vencido o Prêmio Bola de Ouro (que era dado ao melhor jogador da Europa, até a unificação ano passado com o prêmio da FIFA), honraria que jamais foi alcançada por outro goleiro.
Entre as marcas pessoais, estão o fato de não ter tomado gol em 270 jogos oficiais e também ter defendido 150 pênaltis, numa época em que não haviam ainda as disputas de pênaltis, ou seja, apenas com a bola rolando. Pra se ter uma ideia dessa marca, para alguém fazer 100 gols de pênalti em 10 anos, teriam que ter 10 cobranças anuais e ele não errar nenhum, agora defender uma quantidade assim é totalmente irreal nos dias atuais.
Ele foi eleito pela FIFA como integrante do time do século 20 e o troféu recebido pelo melhor goleiro de cada Copa do Mundo tem o seu nome desde 1994. Lev moreu em 1990 devido a complicação de um câncer.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

De volta do Coma! rsrsrrrs

Olá, leitores, venho dizer que ficou ainda mais demorado para postar no blog, porque agora além do trabalho, a faculdade começou e o tempo livre ficou ainda menor. Mas sei que muitas coisas aconteceram durante esse tempo que tive por fora, e também não tive como acompanhar tudo o que aconteceu no mundo esportivo.
Na F1 estou indignado com o fato do Robert Kubica ter se machucado, e agora que precisam de um substituto, é uma pena que o Bruno Senna não consiga uma vaga numa equipe que pode ganhar o título de novo, em 2009 ele fez testes na Honda que viria a ser a Brawn GP e ganharia o título. Porém tenho que adimitir que o Nick Heidfeld é mais experiente e tal, mas agora é só esperar para ver. Eu torço para que o piloto brasileiro consiga, só isso.
Também teve o caso do Roberto Carlos pedir pra sair do Corinthians, por medo de ameaças, só que vai para uma das províncias mais sangrentas da Rússia, o Daguestão, que assim como a Chechênia, está entre as regiões de maior conflito armado por independência no Mundo. Meio irônico isso. Mas cada pessoa sabe o que realmente acontece e o que realmente quer.
E mais uma nota sobre o futebol, ontem o Brasil se classificou para as Olimpíadas vencendo o Sulamericano Sub-20 (sendo que a Olimpíada é Sub-23, mas não é só na América do Sul que há essa incoerência). Durante o torneio sempre elogiaram as atuações do Brasil, mas consideraram o fim do Mundo perder para a Argentina, que ainda acho que deram uma ajudada para tentar levá-la as Olimpíadas. Porém quem levou a outra vaga foi o Uruguai, que não ia as Olimpíadas a 84 anos, quando foi bicampeã. Curiosamente a Argentina também deixou de ir sendo a atual bicampeã, e a a maior vencedora das Olimpíadas no Masculino, a Seleção Britânica, com um tri, só volta a disputar em 2012 porque é país sede, já que não é filiada dessa forma assim na FIFA, e então não pode disputar o pré-olímpico europeu. Agora é torcer para ganharmos esse ouro inédito. Agora, sobre a luta do Anderson Silva contra o Vitor Belford, eu só falo que o golpe crucial dado por Anderson existe em várias artes marciais, de forma bem parecida. Até a próxima!

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Mundial de Paratletismo

Olá leitores, depois de uma década volto a postar por aqui, mas é por um motivo de força maior, comecei a trabalhar e acabei não conseguindo conciliar tudo, mas com o tempo eu irei conseguir postar mais normalmente, porém não irei mentir, no começo será difícil de se adaptar a continuar por aqui, mas é algo muito legal esse blog para mim e não irá parar.
Voltando para o nosso blog, resolvi falar sobre um dos eventos mais interessantes que aconteceram durante esse período, algum de vocês acompanhou o Mundial de Paratletismo que foi disputado na Nova Zelândia?
Sim, aconteceu na Nova Zelândia semana passada, um país que fica na Oceania e que tem uma grande tradição no Rugbi. Eu também admito que não acompanhei a competição como deveria, mas vamos aos fatos mais importantes:
O Brasil foi uma das potências do evento, com um número recorde de medalhas e ficou em 3º na classificação geral, perdendo apenas para a campeã China (que está fazendo um trabalho nos esportes incontestável, principalmente nos individuais, que geram mais medalhas) e da Rússia em 2º. Aí temos uma pergunta muito importante, porque o Brasil não tem resultados tão expressivos no atletismo normal:
A resposta não é a falta de vontade não, talvez seja apenas porque a Confederação Paraolímpica investe em esportes como natação e o próprio atletismo, e a Olímpica em esportes coletivos, que apesar de serem nobres e mais complicados, só geram uma medalha. Por exemplo, um grande nadador pode ganhar mais de 5 medalhas de ouro em uma olimpíada enquanto um jogador de vôlei ou basquete levaria pelo menos 20 anos para conquistar esse mesmo número.
Mas isso não é uma crítica, só temos que examinar melhor o número de medalhas num quadro geral, mas vamos ao motivo principal desse evento.
Não importa quem ganha ou perde nos esportes paraolímpicos, apenas o fato de encararem a deficiência e superarem seus limites fazem de qualquer um desses praticantes no mudo todo são vencedores, e dão uma lição muito grande a todos que dão desculpas para não fazer nenhum esporte. 

sábado, 15 de janeiro de 2011

Sobre o Mundial de Futebol

Muitas pessoas criticam o Mundial de 2000 de Futebol, e existem alguns fatos que simplesmente entram em contradição quando são ditos. Por exemplo, as vezes falam: "O Campeão Mundial sempre sairá do jogo entre o   campeão da Liga dos Campeões e da Libertadores, mesmo que tivessem jogado com outras equipes", bem,  essa pergunta o mundo inteiro já sabe desde Dezembro do ano passado. Mas há também outra afirmação: "O Campeão Mundial tem que ter ganho o Torneio Continental antes para disputar, pois do contrário, não pode ocorrer, e isso nunca ocorreu no Mundial Interclubes". Geralmente falam isso para denegrir o Mundial de 2000, e infelizmente já ouvi jornalistas falando por essa linha de pensamento, porém há alguns fatos que devemos mostrar a seguir:
Quando foi criada, o que no Brasil chamamos de "Mundial Interclubes" era na verdade Copa Intercontinental, e depois que teve o patrocínio da Toyota, de Toyota Cup e o nome oficial era Copa Europeia/Sulamericana. Porque ocorreu essa mudança no nome do torneio só aqui, para mundial interclubes? Pelo ponto de vista geográfico, o Mundo tem 5 continentes e ainda tem 6 federações no esporte. Digamos que um mundial tem que ter no mínimo mais da metade dos continentes ou federações com representantes.
Agora vamos mais ao fundo da pergunta em questão, em 2 ocasiões o torneio não ocorreu devido a desistência do campeão europeu (1975 e 1978). Em outras 6 ocasiões, o vice-campeão europeu foi no lugar do campeão, e em 4 desses casos, esse representante nunca ganhou na história a Liga dos Campeões, então eles não teriam credencial para disputar?
Mas a parte mais interessante ainda não é essa, e nem é o fato do Milan que perdeu para o São Paulo em 1993 ter sido vice-campeão também. Um dia estava vendo a história dos clubes espanhóis e vi que o Atlético de Madri tem uma Taça Intercontinental, a de 1974. Mas depois procurei e vi que o Atlético não conquistou a Liga dos Campeões, ou seja, no "perfeito Mundial Interclubes" há um campeão que nunca venceu um torneio continental que classificasse para o "Mundial". Mas agora fica uma pergunta minha: Porque não falam desse caso quando desqualificam o Mundial de 2000? Para mim, só existe mundial se o órgão máximo do esporte o realiza e reconhece. E outra, porque não há necessidade então do vencedor da Copa do Mundo de Seleções vencer a sua copa continental primeiro? Isso aconteceu poucas vezes, e se há essa obrigatoriedade, a Copa das Confederações é maior do que a Copa do Mundo.